22 Setembro 2019
A partir de novembro, os consumidores que fizerem compras pela internet poderão retirar os produtos nas estações de metrô do Rio.
As mercadorias ficarão guardadas em armários — também chamados de lockers — que serão abertos com um código de segurança enviado para o celular dos compradores. Essa modalidade de entregas, comum nos Estados Unidos e na Europa, já começou a ser utilizada por algumas redes de varejo no Brasil, e a expectativa é que comece a se popularizar por aqui.
A plataforma de logística que ficará disponível nas estações de metrô foi desenvolvida pela empresa brasileira Clique&Retire e está integrada aos principais sites de comércio eletrônico do país. Segundo a empresa, esse novo modelo de entregas vai atender a uma demanda de 47% dos cariocas, que têm acesso prejudicado ao comércio virtual por residirem em áreas de risco ou sem endereço postal.
O cliente poderá optar pela retirada num armário da estação do metrô de sua preferência no momento da compra, quando for solicitada a forma de frete desejada.
Charles de Sirovy, diretor do MetrôRio, afirma que, num primeiro momento, os armários estarão disponíveis em 38 das 41 estações da cidade. Cada unidade terá cerca de 80 armários.
— Temos tentado ser um centro de serviços para os clientes. A ideia é que as pessoas consigam resolver tudo no metrô, que, afinal, liga toda a cidade. E é onde o carioca se sente seguro, pode olhar o celular sem medo de ser roubado, além de ser o meio de transporte preferido em dias de chuva ou sol forte — explicou Sirovy.
Vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), Rodrigo Bandeira Santos afirma que a chegada dos lockers nas estações de metrô está de acordo com a tendência mundial, mas será preciso observar com atenção as peculiaridades do mercado nacional.
— O uso dos armários dará ao consumidor mais autonomia e permitirá que pessoas que antes não receberiam os produtos possam passar a comprar pela internet. O metrô é um bom lugar, e apesar de não ser tão capilar, acessa muitas áreas da cidade. É um ótimo começo. A tendência é que os lockers cheguem a outros lugares, como aeroportos, postos de gasolina e shoppings, mas é preciso lembrar que em alguns locais pode ser complicado, do ponto de vista da segurança, por exemplo, utilizar o celular ou retirar um produto — alertou Santos.
A Clique&Retire anunciou que também pretende instalar, nos próximos seis meses, 200 terminais de autoatendimento em lojas de conveniência BR Mania do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Crescimento nas vendas pela internet
O comércio eletrônico deve atingir um volume de vendas de R$ 79,9 bilhões em 2019, segundo a ABComm. O montante representa um crescimento de 16% para o setor, em comparação com o ano passado. Caso a projeção se cumpra, será o maior avanço anual verificado desde 2015.
De olho nesse mercado, varejistas já começaram a utilizar os lockers como mais uma opção de entrega para os consumidores. É o caso da Via Varejo, que lançou em janeiro os armários para a retirada de produtos das redes Pontofrio, Casas Bahia e Extra. A varejista opera em parceria com a InPost e a rede Ipiranga, que abriga os lockers em postos de combustíveis nos bairros de São Cristóvão, Jacarepaguá, Jardim Botânico e Botafogo, além de dois endereços na Barra da Tijuca.
Já a Leroy Merlin, em parceria com a NewPost, começou a implementar em abril o sistema de retirada, por meio de lockers, de compras feitas pela internet. Os armários ficam localizados do lado de fora das lojas da rede. O objetivo é evitar que os clientes que forem buscar mercadorias enfrentem filas desnecessariamente.
Moradores realizam entregas nas comunidades
O problema da violência urbana no país fez surgir uma nova modalidade de serviço: o ‘crowdshipping’, em que moradores de comunidades realizam as entregas dentro das áreas onde os Correios ou as empresas transportadoras não conseguiriam chegar.
Criada em 2016, a plataforma Eu Entrego conecta varejistas a entregadores, que podem se cadastrar para fazer as entregas a pé, de bicicleta, de motocicleta, de carro ou por qualquer outro meio de transporte.
Executivo-chefe da Eu Entrego, Renato Junoy diz que a plataforma está em expansão no Rio e pretende operar com mais entregas nas cidades de Niterói, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, além dos bairros de Ramos, Maracanã, Centro e Campo Grande, na capital.
— Além de gerar renda para a própria comunidade, usando a mão de obra de entregadores locais, também conseguiremos abrir um canal de entregas em áreas de risco que normalmente ficam foram das rotas dos principais players — comentou.
Fonte: EXTRA – Globo
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Poxa até que fims outras informações que estava
encontrando não tinha nada a ver com o assunto.
Infelizmente são poucos os sites no qual encontrei o que
procurava e bem escrito a informação correta. Obrigado e
compartilhado nas minhas redes sociais com alguns colegas.
Que bom, ficamos felizes que o conteúdo tenha ajudado! 🙂